Eduardo Araújo - A ONDA É BOGALOO (1969 - Odeon)
*Músicos:
Zezinho (José Ferreira Godinho Filho) – piano e órgão Hammond
Garoto
– vibrafone
Ari
– guitarra
Capacete
– baixo
Paulinho
Braga – bateria
Casé
– sax alto
Nivaldo
Ornelas – sax tenor
Pedrinho
– sax barítono
Waldir
Arouca Barros – trompete
Mauro
Miola – trompete
Tim
Maia – vocais
Silvinha
Araújo – vocais
Golden
Boys – vocais
Trio
Esperança – vocais
*OBS.:
Músicos
citados no link ao lado:
http://saxofonistacase.blogspot.com/2009/04/capitulo-22.html
Texto
do link:
Tim
Maia espera
Ainda ecoavam em 1969 os versos de O Bom, iê-iê-iê em que Eduardo Araujo se gabava de ter um carro vermelho, de usar bota sem meia, ter muitas garotas e ser invariavelmente considerado o melhor entre os dez mais. O intérprete, porém, andava em busca de outro caminho. Chamou para trabalhar com ele um carioca a quem o produtor e compositor Carlos Imperial se referia com insistência, um certo Tim Maia, que andava por São Paulo à cata de trabalho depois de ter-se metido em encrencas pesadas no Rio e, antes, em Nova York.
Eduardo chamou Tim para produzir o disco. Começou a nascer o LP A Onda é Boogallo, que seria lançado pela Odeon. Era preciso formar uma banda com metais e uma cozinha que garantissem um apoio soul, como tinham Otis Reding, Wilson Picket, James Brown e Aretha Franklin.
Os convocados para fazer arranjos e tocar trompete e sax alto foram Waldir Arouca e Casé. O baterista seria Paulinho Braga, contratado depois da reprovação em teste de onze candidatos ao cargo. Nivaldo Ornelas, com o sax-tenor, alinhou-se ao grupo, que tinha outros músicos bem conceituados.*
– Cuidado! Ele dá mancada.
Eduardo ouviu mais de uma vez a advertência, feita nas rodas em que anunciava a participação de Casé. Deu-se o contrário: ele se mostrou pontual. Mais ainda, entusiasmou-se e divulgou o trabalho aos colegas. Muitos transformaram em ponto de encontro o Hotel Danúbio, onde Eduardo morava e eram feitos os ensaios.
Ainda ecoavam em 1969 os versos de O Bom, iê-iê-iê em que Eduardo Araujo se gabava de ter um carro vermelho, de usar bota sem meia, ter muitas garotas e ser invariavelmente considerado o melhor entre os dez mais. O intérprete, porém, andava em busca de outro caminho. Chamou para trabalhar com ele um carioca a quem o produtor e compositor Carlos Imperial se referia com insistência, um certo Tim Maia, que andava por São Paulo à cata de trabalho depois de ter-se metido em encrencas pesadas no Rio e, antes, em Nova York.
Eduardo chamou Tim para produzir o disco. Começou a nascer o LP A Onda é Boogallo, que seria lançado pela Odeon. Era preciso formar uma banda com metais e uma cozinha que garantissem um apoio soul, como tinham Otis Reding, Wilson Picket, James Brown e Aretha Franklin.
Os convocados para fazer arranjos e tocar trompete e sax alto foram Waldir Arouca e Casé. O baterista seria Paulinho Braga, contratado depois da reprovação em teste de onze candidatos ao cargo. Nivaldo Ornelas, com o sax-tenor, alinhou-se ao grupo, que tinha outros músicos bem conceituados.*
– Cuidado! Ele dá mancada.
Eduardo ouviu mais de uma vez a advertência, feita nas rodas em que anunciava a participação de Casé. Deu-se o contrário: ele se mostrou pontual. Mais ainda, entusiasmou-se e divulgou o trabalho aos colegas. Muitos transformaram em ponto de encontro o Hotel Danúbio, onde Eduardo morava e eram feitos os ensaios.
Quando
estreou na TV Excelsior, fez-se um burburinho atrás da cortina entre
técnicos e artistas, surpresos com a energia da banda que, no
entanto, teve duração curta. O LP tornou-se o embrião do primeiro
disco de Tim Maia, lançado em 1970, com as mesmas palmas e coros, a
participação de três músicos que gravaram A Onda é Boogaloo -
Capacete, Paulinho e Garoto – e arranjos de Primavera e Jurema
assinados por Arouca. O arranjo de Você, que Tim gravou no disco
seguinte, em 71, é o mesmo feito originalmente para Eduardo. Tim e
Casé tornaram-se amigos. Passaram a trabalhar juntos. O saxofonista
participou da banda que esteve com o cantor num programa especial da
TV Record, acompanhou-o ao Rio para fazer shows, mas um dia desistiu
de viajar. Deixou Tim Maia esperando.
*
Pedrinho, irmão de Casé, no barítono, Mauro Miola (trompete), Ari
(guitarra), Garoto (vibrafone), Zezinho (piano e órgão Hamond) e
Capacete (baixo) Nos vocais, Tim Maia, Golden Boys, Trio Esperança e
Silvinha Araujo. No repertório, versões de músicas americanas
feitas por Eduardo, Chil Deberto e Tim.
Músicas:
1
- Longe de você (The Same Old Song)
(Smokey
Robinson / Versão: Tim Maia)
2 - Tenho Que Ter Todo Seu Amor (Got To Have a Hundred)
2 - Tenho Que Ter Todo Seu Amor (Got To Have a Hundred)
(Wilson
Pickett / Versão: Tim Maia)
3 - Boogaloo na Broadway (Boogaloo Down Broadway)
3 - Boogaloo na Broadway (Boogaloo Down Broadway)
(Jesse
James / Versão: Tim Maia)
4 - Rua maluca (Funky Street)
4 - Rua maluca (Funky Street)
(Earl
Simms - Arthur Conley / Versão: Tim Maia)
5 - Pressentimento
5 - Pressentimento
(Chil
Deberto - Eduardo Araújo)
6 - Dançando Boogaloo (Gota a Thing Going)
6 - Dançando Boogaloo (Gota a Thing Going)
(Jessie
King / Versão: Tim Maia)
7 - Você
7 - Você
(Tim
Maia)
8 - Baby, Baby Sim Baby (Since You’ve Been Gone) (Sweet Sweet Baby)
8 - Baby, Baby Sim Baby (Since You’ve Been Gone) (Sweet Sweet Baby)
(Aretha
Franklin - Ted White / Versão: Tim Maia)
9 - Embrulhe Esta Marmita
9 - Embrulhe Esta Marmita
(Chil
Deberto - Eduardo Araújo)
10 - Vamos Recomeçar (Come Back Baby)
10 - Vamos Recomeçar (Come Back Baby)
(Ray
Charles / Versão: Tim Maia)
11 - Melhor Que Se Dane
11 - Melhor Que Se Dane
(Chil
Deberto - Eduardo Araújo)
12 - A Mulher (Cold Sweat)
12 - A Mulher (Cold Sweat)
(James
Brown - Alfred Ellis / Versão: Tim Maia)
Ficha
técnica (original)
Produtor
Fonográfico: Indústrias Elétricas e Musicais Fábrica Odeon S. A.
Equipe
de produção artístico-fonográfica realizadora deste disco:
DIRETOR
DE PRODUÇÃO: MILTON MIRANDA
DIRETOR
MUSICAL: LYRIO PANICALLI
ASSISTENTE
DE PRODUÇÃO: TIM MAIA
ORQUESTRADORES
E REGENTES: WALDIR AROUCA BARROS
JOSÉ
FERREIRA GODINHO FILHO
DIRETOR
TÉCNICO: Z. J. MERKY
TÉCNICOS
DE GRAVAÇÃO: ZILMAR E NIVALDO
TÉCNICO
DE LABORATÓRIO: RENY R. LIPPI
LAY-OUT:
M. ROCHA
FOTOS:
SOLANO RIBEIRO
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